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19.6.12

GUITAR BOOK - Entrevista com Uruha e Aoi (Parte 4)

Nessa última parte da entrevista que o Uruha e o Aoi concederam à revista especial GUITAR BOOK, eles falam sobre a mudança do conceito das guitarras que aconteceu a partir do STACKED RUBBISH.

Veja abaixo a tradução em Português feita pela Kou, que traduziu da versão em Inglês feita pela wlifers.

GUITAR BOOK - Entrevista com Uruha e Aoi (Parte 4)
Parte 1 | Parte 2 | Parte 3

Tradução Japonês-Inglês: wlifers
Tradução Inglês-Português: Kou

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-De qualquer modo, esse “sentimento puro” foi revigorante. Durante os lives após o lançamento do “STACKED RUBBISH”, vocês dois estavam usando captadores single-coil, certo?

U: Nós estávamos forçando distorções com o single-coil. Como single-coils como o P-90 são profundos, as distorções com eles deveriam ser melhores. Essa era a nossa linha de pensamento. Nós não estávamos aptos a entender a situação* (risos)
*N/T: Vejam o contexto na parte três – eles falaram sobre como eles estavam absortos nessa conclusão e não estavam conseguindo ver a solução do problema.

A: Isso é o que eu provavelmente deveria estar fazendo. No meu ponto de vista, um single-coil deveria ser melhor em produzir sons absolutos, complexos/profundos. Com isso, talvez pode-se dizer que foi uma noção preconcebida (risos). Eu quero amaldiçoar o “eu” que não conseguia expor o potencial interno (risos).

U: A definição de “complexo/profundo” e “fino” difere de pessoa para pessoa. Do meu ponto de vista, ter um som complexo/profundo deveria significar ser capaz de fazer o balanço, variando das notas mais baixas às mais altas; um som bem captado seria assim. Dessa forma, um single-coil tem a sua própria profundidade, assim como um humbucker também vai ter a sua própria. Entendendo isso, agora eu os diferencio adequadamente quando há necessidade em uma melodia. Além disso, agora eu toco pra deixar o som mais profundo, não importando qual captador for usado.

A: Comigo também é assim durante as gravações. Não importa o que, eu vou pegar todas as minhas guitarras e tentar afiná-las até encontrar uma (guitarra) que se encaixe melhor na melodia. Nos shows eu tenho usado principalmente um single-coil do tamanho de um humbucker.

U: O grande problema de usar um single-coil era conseguir um som limpo. Antes disso, com um meio tom do humbucker, eu estive fazendo um som que tinha o feeling de “jagin!”*. Mas, como o esperado, o single-coil é melhor em produzir um som limpo e delicado.
*N/T: Não consegui achar uma boa descrição sobre esse tipo de som. Mas, basicamente, o que o Uruha quis dizer é que o humbucker produz um som que tende a ser mais pesado...de uma maneira geral, humbuckers são conhecidos por serem “melhores” para distorção. Single-coils produzem um som muito mais brando e suave, por isso a idéia de ser melhor para “limpar” – porque geralmente parece isso.

-Apesar de o elemento de experimentos também estar presente, eu acho que é certo que com a criação do “STACKED RUBBISH”, dali em diante, o sentimento da guitarra do GazettE se tornou mais firme do que antes.

U: Sim. Além disso, depois de fazer o “STACKED RUBBISH”, errar e fazer várias triagens, o conceito de ser o guitarrista principal desapareceu de mim. Nós pegamos o jeito de dividir de acordo com o emprego de cada guitarra para encaixar as melodias perfeitamente. Por causa disso agora eu realmente aprecio compor músicas. Tenho a sensação de que são as melhores músicas que eu fiz até agora.

-Um estilo que é chamado “a marca registrada do seu próprio som” – acabou não sendo esse o caso, huh. Certamente, se você ouvir ao “DIM”, conseguirá entender isso muito bem.

U: Em todo caso, durante o “DIM” porque já fazia dois anos desde o “STACKED RUBBISH”. [(?)] De qualquer modo, nós queríamos passar a impressão de que havíamos evoluído.

A: As partes que não conseguimos colocar no “STACKED RUBBISH” e coisas que eu pensei durante a turnê depois do lançamento também estavam lá. Com o “DIM” eu quis gravar as partes que eram intensas, de uma forma mais intensa; as partes que eram suaves, mais suaves – houve esse pensamento. A vontade de colocar mais emoção na minha guitarra também estava lá.

-Tenho a sensação de que, por causa da gravação de uma frase [musical], vários equipamentos foram testados.

U: De fato. Mas foi porque a mudança no ambiente foi enorme. Eu queria fazer isso desde a muito tempo atrás, mas não podia. Porque eu tinha limitações em termos de tempo e de equipamentos que eu podia usar. Sério, a primeira vez que eu usei toda uma variedade de equipamentos, foi durante o “DIM”.

A: Gradualmente, gravar foi se tornando um luxo. Então eu acho que isso é algo pelo qual eu sou muito agradecido. Embora eu tenha uma visão definida em minha mente, não ser capaz de transformá-la em música seria extremamente doloroso.

U: Como dito há pouco, porque agora é divertido fazer música. Com esse pensamento, nós realmente estamos esperando pelo próximo álbum. Porque, com um sentimento bem calmo, eu pensei que se eu quisesse fazer alguma coisa, eu conseguiria. Para a expressão do the GazettE, quando se trata de álbuns é mais ou menos uma vez por ano, ne? Quando é assim, o álbum me deixa bem animado. Como há várias coisas que nós não podemos colocar em singles e coisas do tipo, é no álbum que podemos colocá-las.

-Esperarei por isso. Em relação à guitarra, eu sinto que recentemente tem tido mais técnicas incomuns.

U: Não é porque eu quero fazer algo original como guitarrista que eu vou e faço. Quando você escuta uma melodia e a “coisa”, o eco ressoando na sua cabeça, o resultado, de uma forma ou de outra tentando tocar isso na guitarra – meu estilo de tocar se tornou assim.

A: Desde que o Uruha começou a fazer uma variedade de coisas que mudavam, como resultado, eu também me senti provocado e comecei a querer fazer (as mesmas mudanças) também, ou algo assim (risos). Essas partes também estavam presentes, huh. Ou eu deveria dizer... antes, não importava o quanto eu quisesse mostrar o meu próprio estilo, eram muitas as vezes em que eu não podia mostrá-lo (risos). Recentemente, talvez eu deva dizer, a banda se tornou mais mentalmente aberta, uma vez que a flexibilidade e compostura emergiram. De agora em diante, eu espero poder mostrar cada vez mais o meu próprio estilo.

-A técnica da qual vocês haviam falado parece estar evoluindo rápido, huh. Tocando juntos por 8 anos, que tipo de impressão vocês tem um do outro?

A: O Uruha, só um pouco antes, ele teve esse período onde pode-se dizer que foi “extremamente dedicado a tocar guitarra”. Depois que esse período passou, quando eu assisto os vídeos dos shows atuais, eu posso sentir o imenso progresso que o Uruha teve como guitarrista. A estabilidade no ato de tocar e na performance dele, alcançando uma compatibilidade entre essas duas coisas. Honestamente, o “Uruha” daquela época que era dedicado a apenas tocar, não era exatamente interessante de assistir. Agora ele é habilidoso no palco e também brilhante (em seu estilo)*. Embora seja importante eu escutá-lo tocar (porque, no início, nós não éramos uma banda assim), eu não quero esquecer a importância de mostrar o que eu sou no palco. Com isso, eu acho que ele tem feito um progresso gigantesco na direção certa. O “Uruha” de agora... ele é grandioso, ne? Quando eu o observo, eu penso “ah, parece completamente com a vitória de um homem”, ou algo assim (risos).

U: Sinceramente, você não estava pensando nem um pouquinho nesse assunto, ne? (risos)

A: Pra ser honesto, eu não estava pensando (risos). Naah, eu realmente consigo sentir isso. O espírito lutador do “Eu não posso perder!” está ardendo (risos). Durante os shows nós não somos parceiros, ne? Porque o Uruha é como um rival que está presente em um local muito próximo.

U: No caso do Aoi, acho que ele se tornou mais calmo se comparado com antigamente. Sendo exatamente o tipo oposto a mim, ele é o que não se preocupa demais e foca a atenção apenas nos pontos mais fortes; extremamente focado em se reafirmar – ele faz esse tipo de coisa. Apesar de que isso tem desaparecido ultimamente e ele tem se tornado mais calmo. Eu penso “mais do que qualquer um, apenas se divirta no the GazettE”. Como um músico, como um guitarrista, ele amadureceu muito. O “Aoi” mais recente, quando eu olho pra ele durante os shows, ele não passa a impressão de estar bagunçando. Eu estive pensando, essa é uma coisa muito legal, ne? O “Aoi” atual está mantendo uma posição muito boa.
*N/T: O Aoi usou um termo querendo dizer “deslumbrante” ou “pomposo” – descrevendo o estilo e aparência do Uruha enquanto toca.

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1 comentários:

kakasha disse...

ohhhhh sugee*o*
adorei essa parte da entrevista!!e omg uruha! tambem notei isso do aoi xDDDD mas,confesso que eu gostava daquela impressão de 'bagunceiro' daquela epoca ,era fofo de se ver,hoje ja é mais calmo,serio e sensual..mas ainda bem que ele é cheio das graça as vezes ne ..un(´u`)q
e eu gosto dessa 'rivalidade' e o espirito de lutador dele,acho algo interessante ate porque sei que ele vai evoluir muito muito muito mais >u< qq

enfim,muito obrigada pela tradução ! <3

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